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10/04/2020

Cerimonial de eventos: menos formalidade e mais conexão!

Cerimonial! O próprio nome sugere um caminho formatado, cheio de regras e baixo potencial de conexão. Uma das definições possíveis de cerimonial associa a palavra à etiqueta, protocolo, conjunto de regras e maneira de proceder que denota uma relação de formalidade entre as pessoas. É certo que os eventos precisam de organização, que as autoridades precisam ser tratadas com cordialidade mas, definitivamente, nada mais desagradável que um evento marcado por formalidades. É uma sequência de discursos enfadonhos (pior ainda quando são lidos) que convidam à dispersão e conversas paralelas. Acontece que um Cerimonial, ou a atuação do Mestre de Cerimônia, não precisa ser engessado em eventos festivos ou mesmo determinados eventos corporativos. Nada mais desagradável, durante um cerimonial, que a leitura de currículos extensos e invejáveis. A plateia pouco se atém aos detalhes e o evento já começa comprometido.

Já presenciei as mais diversas cenas em momentos de Cerimonial de Eventos. Pessoas dormindo, conversando, se levantando para servir o jantar durante o discurso de autoridades, ou simplesmente desistindo  e indo embora. Imagine o constrangimento dessa cena, depois de todo o trabalho dispendido para a organização de um evento. O problema é que os organizadores, as empresas especializadas em planejar e executar os eventos pensam nos mínimos detalhes e muitas vezes pecam no momento mais importante: a apresentação. Inúmeras vezes acompanhei eventos com lista poderosa de autoridades ou artistas e, de repente, sobe ao palco uma dupla de voz imponente e começa a ler inúmeras páginas de dados, nomes  e  homenagens. Apenas alguns segundos de leitura são suficientes para jogar por terra a atenção do público.

Por outro lado, quem sobe ao palco com simpatia, fala olhando para o público, se sai bem nos imprevistos (que sempre acontecem) e até quebra, com sabedoria, o protocolo, tem um potencial enorme de gerar conexão, atrair e segurar a atenção. Que haja com mais frequência essa abertura nos cerimoniais.  Que as empresas entendam que palestras longas e cheias de números podem ser substituídas por outros formatos como os “Talk Shows” ao vivo, onde os executivos debatem temas específicos com consultores ou grandes pesquisadores. Mais empatia, menos cerimônias!  Mais conversa franca e palestras dinâmicas no formato “Ted TalK”- diga o essencial em 20 minutos e nada mais.

Esta reflexão é para estimular uma atuação mais humana do Mestre de Cerimônias.  Apresentações públicas com excesso de formalismo criam barreiras entre quem fala e quem ouve. Precisamos sorrir mais, contar histórias, mostrar que somos falíveis, somos iguais. Ousemos fazer Cerimoniais dinâmicos e memoráveis.

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